Infelizmente a cadeira de rodas ainda é vista como uma grande vilã para muitas pessoas, principalmente para aqueles que convivem com pacientes que possuem marcha ou prognóstico para tal. A grosso modo o que parece é que assim que aquela pessoa se sentar na cadeira de rodas automaticamente ela estará traçando o seu destino como cadeirante e para muitos afirmando a sua “deficiência”.
Afirmo a vocês que isso é uma grande bobagem. Independente de cadeira de rodas, prognóstico, intenção de marcha ou ainda àqueles que possuem marcha digo a vocês que a alternância entre os dispositivos de mobilidade é totalmente benéfica!
Por exemplo, imagine uma criança na hora do recreio escolar que precisará percorrer uma grande distância deambulando para chegar ao refeitório, seja com o auxílio de um andador ou muleta. Aqui temos algumas situações pontuais, uma delas é que essa mesma criança não conseguirá acompanhar o ritmo das demais, isso pode fazer com que ela se sinta menos do que as outras. Outro ponto é o tempo que ela poderá desfrutar dessa atividade, talvez quando chegar ao refeitório ela tenha apenas mais 5 minutos para lanchar e retornar a sala de aula. E a pior de todas as situações é que ao realizar tal atividade essa mesma criança possa estar fadigando seus músculos e causando muitas compensações posturais para realizar essa simples atividade de deslocar-se.
Ou seja, ao invés de obter ganhos ao realizar “o treino de marcha” estamos colocando essa criança em uma situação crítica de perdas por todas as compensações posturais e fadiga muscular.
Agora imagine a mesma situação com essa criança bem sentada e estabilizada em sua cadeira de rodas manual ou motorizada, em que ela possa se deslocar com segurança e levando um terço do tempo para executar suas tarefas. Em uma cadeira de rodas onde talvez ela chegue ao refeitório inclusive antes dos seus amigos! Isso lhe parece mais agradável?
O que precisamos entender é que independente de diagnóstico/prognóstico existem estratégias terapêuticas nas quais utilizamos esses equipamentos (andador, muleta, cadeira de rodas, órteses, próteses…) para atingir e alcançar os potenciais de cada pessoa com suas especificidades, eles fazem parte e integram o tratamento. Dessa forma é sempre um grande erro negligenciá-los.
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